tag:blogger.com,1999:blog-36488527.post6403876657475419111..comments2023-11-03T11:10:24.975+00:00Comments on Companhia dos Filósofos: Associação Ateísta PortuguesaAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/10610711379065785578noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-36488527.post-89426090331089871222011-08-02T01:50:18.938+01:002011-08-02T01:50:18.938+01:00Eu não acredito porque acreditar é um acto estúpid...Eu não acredito porque acreditar é um acto estúpido. Pode parecer que estou a ser indelicado para os crentes, mas não. Se se disser, por exemplo, que é uma acto de estupidez fumar não se está a chamar estúpido a quem fuma. À crença oponho o conhecimento baseado num estudo metódico. E conheço a história, e como, por alturas do neolítico, o homem começou a criar deus, "à sua imagem e semelhança" como gostava de dizer Freud, glosando a bíblia das três maiores religiões ocidentais - hebraico, cristianismo e moçulmanismo. E, para falar do absurdo destas religiões, e apenas no âmbito da história,basta dizer que a criaçao, por deus, do universo e do homem é feita apenas no início do neolítico,quando o homem "inventa" a agricultura e a pastorícia,aprendendo a cultivar plantas e a domar animais, e deixando a vida de recolector e caçador em que havia vivido ao longo dos cerca de 200.000 anos anteriores. Adão vive, simbolicamente, nesta passagem, o éden inicial simboliza o paleolítico e a condenação ao trbalho "com o suor do seu rosto" é o neolítico que se lhe seguiu. Os seus dois filhos, já são lavrador um e pastor outro. Assim,há o absurdo de deus ter criado o homem há uns 9.000 anos (o neolítico parece ter-se iniciado efectivamente na Palestina há uns 9.000 anos, mas os judeus, apoiando-se na sua história bíblica, dizem que a idade do mundo é de apenas 5.000 e tal anos. <br />A criação do mundo pelo deus destas religiões é mesmo uma alegoria da revolução neolítica.<br />E assim foi criado o homem há 5.000 e tal anos, quando ele já vivia há 200.000. Isto, falando só do homem, não do que ele foi antes e e do universo, e apenas no âmbito da história.<br /><br />Sidónio Silvasidónio silvahttps://www.blogger.com/profile/03900320249832310100noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36488527.post-13564016578017693902011-08-02T01:50:15.897+01:002011-08-02T01:50:15.897+01:00Eu não acredito porque acreditar é um acto estúpid...Eu não acredito porque acreditar é um acto estúpido. Pode parecer que estou a ser indelicado para os crentes, mas não. Se se disser, por exemplo, que é uma acto de estupidez fumar não se está a chamar estúpido a quem fuma. À crença oponho o conhecimento baseado num estudo metódico. E conheço a história, e como, por alturas do neolítico, o homem começou a criar deus, "à sua imagem e semelhança" como gostava de dizer Freud, glosando a bíblia das três maiores religiões ocidentais - hebraico, cristianismo e moçulmanismo. E, para falar do absurdo destas religiões, e apenas no âmbito da história,basta dizer que a criaçao, por deus, do universo e do homem é feita apenas no início do neolítico,quando o homem "inventa" a agricultura e a pastorícia,aprendendo a cultivar plantas e a domar animais, e deixando a vida de recolector e caçador em que havia vivido ao longo dos cerca de 200.000 anos anteriores. Adão vive, simbolicamente, nesta passagem, o éden inicial simboliza o paleolítico e a condenação ao trbalho "com o suor do seu rosto" é o neolítico que se lhe seguiu. Os seus dois filhos, já são lavrador um e pastor outro. Assim,há o absurdo de deus ter criado o homem há uns 9.000 anos (o neolítico parece ter-se iniciado efectivamente na Palestina há uns 9.000 anos, mas os judeus, apoiando-se na sua história bíblica, dizem que a idade do mundo é de apenas 5.000 e tal anos. <br />A criação do mundo pelo deus destas religiões é mesmo uma alegoria da revolução neolítica.<br />E assim foi criado o homem há 5.000 e tal anos, quando ele já vivia há 200.000. Isto, falando só do homem, não do que ele foi antes e e do universo, e apenas no âmbito da história.<br /><br />Sidónio Silvasidónio silvahttps://www.blogger.com/profile/03900320249832310100noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36488527.post-26581754475734509922008-06-23T09:02:00.000+01:002008-06-23T09:02:00.000+01:00Dois comentários:1.Acho curioso que haja qualquer ...Dois comentários:<BR/><BR/>1.Acho curioso que haja qualquer tentativa de associativismo no campo do ateísmo: <BR/><BR/>a)porque é curioso que se juntem pessoas à volta de uma motivação negativa (por ex. não imagino ninguém a criar uma associação de não crentes da vida extra-terrestre);<BR/> <BR/>b)porque a variedade de ateísmos é tão grande que com certeza é mais difícil de associar do que as religiões mais diferentes. E isso, naturalmente, dificulta que se juntem. Afinal: em que acreditam aqueles que não acreditam? É mais difícil de definir do que a fé de qualquer religião.<BR/><BR/>2.Das conversas que vou tendo em ambiente aberto e cordial com ateus vou chegando à conclusão que, embora afirmem convictamente "não acredito em Deus", o que a maioria realmente quer dizer é "não acredito na imagem de Deus que tenho" - o que quer dizer ainda "não dou crédito a esta imagem de Deus".<BR/><BR/>E normalmente essa imagem de Deus que têm é de facto assustadora. Isto faz pensar que nesses casos ainda bem que não se acredita em Deus. <BR/><BR/>E faz pensar ainda que muitos ateus têm como motivação profunda (mesmo que inconsciente) uma repugnância provocada por algum acontecimento ou situação traumáticas e que lhes deixaram como marca um horror à ideia de Deus. Daí a necessidade em se afirmarem contra Deus. E do horror a Deus até às contruções racionais que o justificam é só um saltinho (quase) imperceptível!<BR/><BR/>A irritação que vem ao de cima em muitas destas conversas é sintomático de que, mesmo estando a esgrimir argumentos racionais, o que está a acontecer de facto é que se estão a remexer feridas antigas.<BR/><BR/>Por isso é importante ganhar consciência das nossas motivações mais profundas. Só aí percebemos o que nos move a rejeitar ou a aceitar.<BR/><BR/>Cumprimentos a todos e obrigado por este diálogo.<BR/><BR/>[e não queria deixar de lado a pertinente pergunta colocada a Alfredo Dinis: em que Deus acredita?]João Delicadohttps://www.blogger.com/profile/04885714343005198251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36488527.post-39091590179492677682008-06-08T23:25:00.000+01:002008-06-08T23:25:00.000+01:00Caro Alfredo DinisQual é o Deus em que acredita?Caro Alfredo Dinis<BR/><BR/>Qual é o Deus em que acredita?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36488527.post-40052285382028097622008-06-08T17:48:00.000+01:002008-06-08T17:48:00.000+01:00Caro Adão, Apreciei sinceramente a sua interve...Caro Adão,<BR/><BR/> Apreciei sinceramente a sua intervenção porque vejo nela uma grande frontalidade, transparência e honestidade, valores que muito admiro. Não pretendo ‘discutir’ consigo sobre questões de fé e de religião, uma vez que da sua parte também não o pretende. Mas gostaria de saber se não estaremos mais próximos quanto às nossas não-crenças do que possa julgar.<BR/><BR/>O Deus que muitas pessoas rejeitam é de facto um Deus inacreditável. Um Deus-ditador que impõe leis e normas absurdas e opressoras. Um Deus-polícia que vigia cada um dos nossos passos e pensamentos para nos punir já neste mundo e, depois, nos lançar para sempre nas profundezas do inferno. Um Deus-tapaburacos, ao qual é necessário recorrer para explicar os mistérios da natureza e do universo que a razão e a ciência ainda não conseguem explicar. Um Deus-indiferente ao sofrimento da humanidade e às injustiças que sofrem os mais débeis e marginalizados da sociedade. Um Deu-violador das leis da natureza para se divertir a fazer milagres que nos confundem e nos obrigam a acreditar que ele existe. Um Deus-alienante, que dispensa os seres humanos de se empenharem a sério na solução dos problemas deste mundo e os convida a andarem com os olhos postos num ‘outro mundo’. Um Deus-castrador que impede os seres humanos de pensar, de questionar, de se interessarem pela beleza do universo em que vivem….<BR/><BR/> Meu caro Adão, se este é o Deus em quem não acredita, então já somos dois!<BR/> <BR/> Cordiais saudações,<BR/><BR/> Alfredo Dinisalfredo dinishttps://www.blogger.com/profile/11094799994161509856noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36488527.post-4807357818916793222008-06-08T14:22:00.000+01:002008-06-08T14:22:00.000+01:00Há muito tempo que deixei de discutir fé e religiã...Há muito tempo que deixei de discutir fé e religião com gente crente. Dogmas e argumentos condicionados não são permeáveis à razão, e as conclusões são sempre frustrantes. Sou ateu, rigorosamente ateu, mas já fui crente. Esta parte negativa da minha vida teve um lado positivo. Permite-me, hoje, a comparação entre a falsa liberdade da aleatória felicidade de um certo obscurantismo e a aliciante liberdade da possível felicidade de uma razão não mais miscível com qualquer grande ou pequena crendice. A paz nascida da libertação de todas as angústias metafísicas, em favor do valor da vida e da força projectora da curiosidade humana, a paz e a serenidade de uma total descrença mística constituem a grande oferta que a vida me fez.adao pinho cruzhttps://www.blogger.com/profile/05184293557661009670noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36488527.post-15299560204541071872008-06-02T18:26:00.000+01:002008-06-02T18:26:00.000+01:00Caro Alfredo,A julgar por mim, os ateus não são as...Caro Alfredo,<BR/><BR/>A julgar por mim, os ateus não são associativistas por natureza. Talvez essa seja a nossa maior fraqueza. ;)Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36488527.post-75241585332406613582008-06-01T22:54:00.000+01:002008-06-01T22:54:00.000+01:00Caro Helder, Obrigado pela sua resposta. E...Caro Helder,<BR/><BR/> Obrigado pela sua resposta.<BR/> Estou um pouco intrigado pelo facto de a criação da Associação não merecer particular interesse pelos visitantes do portal ateu.<BR/><BR/> Cordiais saudações,<BR/><BR/> Alfredo Dinisalfredo dinishttps://www.blogger.com/profile/11094799994161509856noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36488527.post-25088511192074208592008-06-01T06:07:00.000+01:002008-06-01T06:07:00.000+01:00Caro Alfredo Dinis,Preocupa-me que seja essa a ima...Caro Alfredo Dinis,<BR/><BR/>Preocupa-me que seja essa a imagem que tem do Portal Ateu. Naturalmente, teremos que apontar os pontos fracos das religiões, aqueles aspectos desnecessários à fé honesta, individual e sentida.<BR/><BR/>Compartilho consigo alguns dos receios que expressa em relação a esta nova associação; daí ter optado por esperar para ver. No entanto, não tenho dúvidas de que é indispensável à nossa sociedade a existência de uma organização que seja a voz dos que não crêem e não temem afirmá-lo.<BR/><BR/>Resolver as questões que a humanidade enfrenta, conforme refere, não compete apenas nem aos ateus, nem aos crentes, nem à ONGs, nem a ninguém especificamente. Compete a todos e em igual medida. Pela parte da AAP, certamente que contribuirão à sua medida para tal.<BR/>Não percebo porque não encontra essa perspectiva na associação.<BR/><BR/>Cumprimentos.Anonymousnoreply@blogger.com